O que o Podólogo faz?
O podólogo desenvolve prognóstico, tratamento e prevenção de patologias superficiais e deformidades dos pés. Utiliza instrumental perfuro-cortante adequado e esterelizado, medicamento de uso tópico e órteses.
Principais tratamentos:
Onicomicose = micose de unha
A onicomicose é uma infecção fúngica que atinge as unhas, tanto das mãos quanto dos pés.
É possível adquirir a infecção ao caminhar por solos contaminados, em lugares públicos, e também ao usar objetos contaminados e sujos (alicate de unhas,etc...).
O tratamento é longo. Os medicamentos usados, na maioria das vezes são pela via per os (via oral), pois a camada queratinizada da unha é de difícil penetração.
Onicocriptose = unha encravada
Ocorre quando a borda lateral da unha fere a pele adjacente. As causas mais prováveis são o corte de maneira incorreta das unhas e sapatos apertados. Ocorre mais comumente nas unhas dos pés mas também raramente afeta as mãos. O dedo mais atingido é o hálux, o dedão do pé.
A maneira correta de cortar as unhas é aparar apenas a borda anterior da placa ungueal (unha) e jamais cortar suas bordas laterais. Se as bordas laterais forem deformadas, as irregularidades criadas pelo corte incorreto associadas à pressão do sapato, ao peso corpo e ao sentido do crescimento da unha farão com que haja lesão da pele circunvizinha. Deve-se evitar também cortar as unhas muito curtas, deixá-las retas em sua borda anterior, não tentar "arredondar" o corte em direção às bordas laterais.
Se não tratada, pode formar um granuloma piogênico, onde existe um acúmulo de pus, e a pele ao redor fica inflamada (dor, rubor, calor e edema).
Tínea interdigital = frieira
A Tinea pedis (o vulgar "pé-de-atleta"), caracterizada por lesões vesiculosas a nível dos espaços interdigitais ou lesões com escamação nas regiões plantares do pé.
O diagnóstico é dado pela observação das características das lesões. Em certos casos faz-se necessária a cultura e observação posterior com o uso de microscópio ótico para estabelecer com precisão o agente etiológico.
O tratamento normalmente é prolongado, variando de semanas até meses. Entre os fármacos mais utilizados, é possível citar: fluconazol, cetoconazol, griseofulvina, terbinafina, clotrimazol, nistatina, entre outros.
Verruga plantar = olho de peixe
Popularmente conhecida como "olho-de-peixe", a verruga plantar se apresenta como um espessamento e elevação da pele dos pés, com uma região amarelada e um ou mais pontos negros centrais. É causada pelo virus do papiloma humano HPV e deve ser tratada com um DERMATOLOGISTAS e também com PODÓLOGOS, pois frequentemente provoca dores ou incômodo ao caminhar. Devido a sua natureza infecciosa, lesões da pele podem permitir a disseminação para outras pessoas ou para outros locais no corpo da mesma pessoa.O tratamento normalemente consiste do uso de palmilhas dotadas de zona de descarga para as áreas dolorosas (orifícios preenchidos com espumas macias) combinado com medidas físicas e químicas para a escarificação do centro da lesão.
A pele normal ao redor da verruga é protegida com vaselina líquida ou pastosa e, após a curetagem do centro da lesão, pequena quantidade de ácido é aplicada sobre a lesão. Depois de 3 a 4 minutos, o local é lavado com soro fisiológico e um curativo simples é aplicado sobre a lesão.
Esta operação é repetida uma ou duas vezes por semana e nos intervalos o paciente faz a aplicação domiciliar de soluções coloidais de salicilatos. Após três meses, a maioria dos pacientes (70%) já não apresenta infeção local. O critério utilizado para a alta é o aparecimento de textura normal da pele e a redução da hiperqueratose circundante da lesão, ao exame com lupa.
Queratoses = calosidades
um calo é uma área dura de pele que se tornou grossa e rígida como uma resposta a repetidos contatos e pressões.
Já que o contato repetido é necessário para a existência do calo, o local mais comum para ocorrência é nas mãos e pés. Os calos geralmente não são nocivos, mas podem ser a fonte de outros problemas, como a infecção. Sapatos apertados podem freqüentemente causar calos nos pés.
Os calos ou calosidades apresentam três formas clínicas distintas: helomas, tilomas e hiperqueratoses.
Dependendo das suas características e da forma como são tratados, podem ou não deixar alterações cutâneas visíveis e sintomáticas, mas de uma forma geral é possível eliminá-los de forma a que a pele adquira o seu aspecto e integridade normais.
É importante perceber que os calos surgem em zonas de maior pressão e/ou fricção e são um mecanismo natural de defesa da própria pele em resposta a estas alterações.
Desta forma só é possível tratar definitivamente um calo ou calosidade se for tratada a alteração que o origina, seja ela externa (calçado inadequado), ou interna, como uma alteração estrutural do pé (óssea).
Em qualquer uma das situações a intervenção de um PODÓLOGO é necessária uma vez que, para além da eliminação do calo ou calosidade, pode prevenir o aparecimento da mesma através da confecção de ortóteses digitais (normalmente de silicone) e ortóteses plantares (vulgarmente denominadas de 'palmilhas'), que são os tratamentos mais indicados para evitar o reaparecimento destas patologias e tratá-las de forma definitiva.
Contudo, existem cremes queratolíticos e emolientes que ajudam a reequilibrar a pele. Podem ser usados em formas simples de calosidades ou como coadjuvantes de outros tratamentos em formas clínicas mais complexas.
É importante lembrar que só se elimina um calo ou calosidade, eliminando-se a causa (atrito, fricção) local, seja causada pela estrutura óssea ou por calçados inadequados.
Pés diabeticos
- Dedos: podem ser formadas deformidades, que por pressão formam calosidades ulceráveis.
- Sulcos interdigitais: local com facilidade para fissuras e cortes, além da presença de fungos.
- Região distal do pé: metatarsos ulcerados podem levar a osteomielite.
- Região medial do pé: é um local de apoio, sujeito a calosidades.
- Alívio da compressão e proteção da úlcera
- Restabelecimento da perfusão sanguínea cutânea
- Tratamento de infecções
- Controle metabólico e tratamento de comorbidades
- Cuidados locais com a ferida
- Inspeção frequente da ferida;
- Debridamento frequente de ferida (procedido por profissionais habilitados);
- Controle de exsudação e manutenção de ambiente úmido;
- Considerar terapia com curativos a pressão negativa no pós-operatório;
- Emprego de produtos biologicamente ativos (colágenos, fatores de crescimento, tecidos de bioengenharia) em úlceras neuropáticas;
- Oxigenoterapia hiperbárica;
- Emprego de curativos com sais de prata ou outros agentes antimicrobianos.
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